quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O Ex-amigo Imaginário - algo complicado de entender...

Lembro de uma tirinha do Laerte, na sua série Condomínio que tinha o D. Luigi que era o personagem da mesma. D. Luigi era o mafioso que morava no condomínio. Esta tira deve ser engraçada para muitos, eu acho divertida, mas coloquei ela aqui porque estou pensando um pouco nesta questão de fazer piadas com as minorias ou com características diferentes das pessoas. As vezes penso que o humor ficaria meio que sem piadas se parasse de brincar com negros, loiras, gordos, judeus, portugueses e tudo mais. Na verdade eu penso que não é de todo ruim, que devemos saber rir de nós mesmos e que, mantendo-se os limites, tudo bem. Sou fã do programa Pretinho Básico da Radio Atlântida e acho bobo quando alguém se ofende e manda mail reclamando para o programa. Se fazem piada com psicólogos, com . designers, com escoteiros, gordinhas, mulheres e alguém manda mail eu acho que não tem nada a ver. 
Porém eu ando pensando um pouco nestas coisas. Nosso mundo anda muito preconceituoso e as pessoas parecem, mais do que terem preconceito, achar que podem usar deste preconceito contra os outros. De tempos em tempos aparecem sites, usuários do Twitter, comunidades no Orkut que levam a tona o preconceito das pessoas e o pior é sempre se descobrir que atrás de um preconceituoso que resolve dar vazão a este preconceito se enfileram outros tantos que parecem concordar e assinar embaixo o que estes caras dizem. 
E o que tem a ver estes dois assuntos? Me parece que nos permitirmos brincar, fazer humor com estas coisas preconceituosas está fazendo com que as pessoas passem a achar comum, aceitável, natural. Que partam de fazer uma piada com um gordo para agredi-lo verbalmente, de brincar com loiras e passar a xinga-las. Das piadas com homossexuais para ter comunidades agrendido a todos. Será que temos capacidade de manter isto, será qeu não seria mais interessante, para preparar melhor as próximas gerações se as crianças de hoje não ouvissem piadas preconceituosas? Começo a pensar que sim, que talvez devamos evitar falar, "brincar" com estes assuntos. Acho que é um momento em que temos que passar a preparar as próximas gerações para minimizar o preconceito, tentar fazer com que isto não esteja em nossas próximas gerações. 

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